terça-feira, 31 de maio de 2011

FAQ’s sobre homeopatia

Olá!

Esse post visa, de forma breve, esclarecer algumas dúvidas recorrentes sobre a homeopatia. Embora algumas perguntas já possam ter sido respondidas com a leitura do blog, essa será apenas uma pequena explicação, bem direta e resumida. As dez perguntas e respostas foram tiradas do site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e abordam desde a homeopatia em si até a ação dos medicamentos.

1) O que é a Homeopatia?

A Homeopatia é uma especialidade farmacêutica, médica, odontológica e veterinária que foi fundada no início do século 19 pelo alemão Samuel Hahnemann. Ela ganhou popularidade no final do século. Entretanto, com o advento da medicina moderna, a homeopatia foi vista como velha pelos praticantes da medicina convencional e a sua popularidade caiu. Essa tendência foi revertida recentemente e desde 1980, a homeopatia voltou a crescer em vários países.

A Homeopatia baseia-se no princípio Semelhante cura semelhante. Isso significa que uma pessoa doente pode ser curada por um medicamento que é capaz de produzir sintomas parecidos em uma pessoa sadia. Em um tratamento homeopático, o clínico deve observar cuidadosamente e considerar cada paciente como único.

Para a homeopatia as doenças são geradas pelo desequilíbrio das forças do organismo. Portanto, o clínico homeopata não investiga somente sintomas isolados, mas considera o paciente como um todo, corpo e mente. Assim, a homeopatia trata o doente e não a doença.

2) Todo medicamento manipulado é homeopático?

Não. A manipulação de medicamentos, realizada nas farmácias de manipulação com autorização da ANVISA, não é restrita aos medicamentos homeopáticos. Medicamentos alopáticos (medicamentos comuns) e fitoterápicos, minerais e vitaminas, também podem ser manipulados. Da mesma forma, os medicamentos homeopáticos também estão disponíveis em farmácias e drogarias como especialidades farmacêuticas industrializadas e sujeitas a registro na ANVISA.

3) Os medicamentos homeopáticos possuem efeitos indesejáveis?

Algumas vezes, durante o tratamento pode ocorrer a piora dos sintomas. Essa agravação inicial é geralmente um bom sinal e significa que o seu corpo está respondendo ao medicamento.

Embora os sintomas físicos possam piorar por um período curto, a pessoa como um todo irá começar a se sentir melhor quase imediatamente. A piora será substituída rapidamente pela melhora.

4) Quanto tempo demora para um medicamento homeopático fazer efeito?

Isso depende da natureza da doença, se ela é aguda (recente) ou crônica (persistente) e do medicamento prescrito. Nos casos agudos, o alívio pode ser sentido poucos minutos após utilizar o medicamento e a primeira dose pode curar a doença completamente. Nos casos crônicos, pode demorar mais para a resposta.

5) A partir de que idade é possível usar os medicamentos homeopáticos?

O medicamento homeopático pode ser utilizado com segurança em qualquer idade, até mesmo em recém-nascidos ou pessoas com idade avançada. Desde que acompanhada pelo clínico homeopata.

6) Posso usar outros medicamentos junto com medicamentos homeopáticos?

Não são conhecidas quaisquer restrições ao uso de medicamentos homeopáticos como auxiliares nos tratamentos convencionais, e vice-versa.

Observe sempre a recomendação do prescritor quanto aos horários e duração do tratamento, suspendendo o uso sempre que notar reações não esperadas.

7) Quais as diferenças entre o tratamento homeopático e alopático (comum ou tradicional)?

O tratamento alopático busca, por meio de medicamentos de ação química, eliminar os sintomas e manifestações da doença através do chamado Princípio dos Contrários. Por exemplo: uso de laxantes na prisão de ventre. Essa anulação dos sintomas normalmente não combate a origem e as causas da doença. Na maioria dos casos, há grande alívio, mas apenas durante o tratamento.

Ao contrário, o tratamento homeopático não busca eliminar apenas os sintomas e sim estimular o organismo a se fortalecer. Logo, o tratamento homeopático é eficaz para curar o doente e não apenas aliviá-lo.

8) Qual é a diferença entre fitoterapia e homeopatia?

A fitoterapia utiliza exclusivamente princípios ativos de plantas medicinais. Já a homeopatia, além dos princípios ativos de origem vegetal, utiliza outros de origem mineral e animal, sendo todos submetidos a uma técnica de preparo própria, a “dinamização”.

9) Qual o papel da ANVISA com relação aos medicamentos homeopáticos?

A ANVISA cria regras para a manipulação em farmácias, industrialização e venda desses medicamentos, de modo a garantir sua qualidade.

10) Como saber se o medicamento que estou comprando tem sua venda autorizada pela ANVISA?

O medicamento homeopático industrializado pode encontrado em farmácias e drogarias. Deve apresentar na embalagem a sigla MS seguida de oito a treze números (inicia sempre com o número um). Quando o medicamento é preparado em farmácia homeopática não possui esse número na embalagem.

Também é possível entrar em contato com a ANVISA pelo e-mail: gmefh@anvisa.gov.br ou pelo telefone: 08006440644.


Fonte:

http://www.anvisa.gov.br/faqdinamica/asp/usuario.asp?usersecoes=36&userassunto=137



Posted by Leonardo

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Homeopatia - teste

Bom dia!!!

Hoje vamos colocar aqui um vídeo de um documentário da BBC sobre a homeopatia, no qual eles fazem um teste para saber se a homeopatia é verdade ou simplesmente um mito.

Vale lembrar que até hoje nenhuma conclusão foi tomada, e o vídeo explicita uma opinião dos pesquisadores que participaram de sua confecção, porém sem tomar um posição drástica a respeito, deixando aberto o questionamento.

Assitam e comentem! Deixe sua opinião a respeito da homeopatia!





Se preferir, assista no youtube!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Fundamentos da Homeopatia

Olá!

Após termos apresentado a vocês alguns dados gerais sobre a homeopatia, falaremos sobre seus principais fundamentos, de forma mais específica. São eles: holismo, princípio da semelhança, experimentação no homem são e dinamizações.

O primeiro fundamento, o holismo, palavra grega que significa “todo”, “o inteiro” é uma teoria dos gregos antigos que dizia que o universo deveria ser visto de uma forma geral, íntegra e não em partes separadas. Tratando-se do homem, ele deve ser visto por inteiro, como um único ser e não por frações, ou seja, não deve haver separação entre seu corpo, sua mente, seu espírito e sua psique. Nesta concepção, o todo é maior que a soma das partes, o homem é maior do que aquilo que o forma.

Para a homeopatia, a “doença” se trata de uma desordem orgânica geral da pessoa. Por exemplo, o médico homeopata, para medicar um paciente com pneumonia, leva em conta não só o diagnóstico clínico “pneumonia”, mas considera também o modo como a pessoa adoeceu, o quadro clínico que ela enfrenta (se ela está ou não com febre, se ela sente ou não sede, se apresenta ou não transpiração, escarro...), a situação psíquica momentânea do enfermo... Ou seja, a homeopatia trata de curar não somente o estado físico do paciente, mas o trata em sua totalidade.

Assim sendo, o ideal quanto ao medicamento homeopático seria receitar um medicamento diferente para cada paciente, pois dois pacientes certamente não têm absolutamente a mesma história, a mesma evolução, a mesma mentalidade, já que são indivíduos diferentes. Isso serviria para alcançar de forma mais eficiente os três níveis de cura (1º nível: cura clínica e sintomática; 2º nível: cura na predisposição a adoecer; 3º nível: cura existencial da pessoa, promovendo o pleno desenvolvimento das suas possibilidades pessoais ou existenciais).

Haja vista que a homeopatia não se propõe a curar somente o corpo, a prescrição do medicamento não é suficiente para alcançar o 2º e o 3º níveis de cura, é necessário um melhor conhecimento do homeopata sobre o paciente, além de realizar medidas profiláticas no meio em que a pessoa vive.

O segundo fundamento, o princípio da semelhança, diz que toda substância capaz de provocar determinados sintomas (físicos ou psíquicos) numa pessoa sadia é também capaz de curar uma pessoa doente que apresente estes mesmos sintomas.

As pessoas que defendem a homeopatia alegam que essas substâncias, em pequena quantidade, quando entram em contato com o corpo, estimulam-no a produzir defesas contra esse estímulo. Por estarem em pequena quantidade, seus efeitos colaterais não são sentidos, mesmo assim potencializam nossas defesas. Infelizmente, faltam dados que indiquem quais células são sensibilizadas por essas substâncias e sua ação biológica dentro do organismo para o alívio/trato dos sintomas.

O terceiro fundamento, experimentação no homem são, é bastante correlato com o segundo. Ele trata mais do registro dos sintomas verificados em uma pessoa sadia, quando esta ingere repetidamente certa substância. Segundo os homeopatas a experimentação no homem é inigualável, pois só ele pode descrever com maior precisão o que sente.

Neste ponto começa um conflito ético. É correto administrar a uma pessoa saudável algo que a faça ter qualquer tipo de manifestação? Não seria melhor testar em animais, mesmo que não houvesse esta “precisão” no relato dos sintomas? Mas, e os direitos dos animais? Estas indagações e suas respostas nos levam a outras e mais outras que culminam em um choque de ideologias e pensamentos que está fora do âmbito de discussão deste blog.

O quarto fundamento, dinamizações, trata do preparo do medicamento homeopático. Como já falado anteriormente, seu princípio ativo causa os mesmos sintomas que o paciente tem e eles passam por várias diluições. Os homeopatas defendem que quanto mais diluído, mais eficiente é o medicamento, devido à “memória” do solvente (geralmente água ou etanol, mas pode ser em forma de cápsulas, pelo uso de açúcares, como lactose), que mantem as propriedades terapêuticas e ignoram os efeitos colaterais, mesmo que praticamente não haja mais moléculas do princípio ativo.

Porém, não são feitas simples diluições. A dinamização é mais que isso. Quando Hahnemann começou a diminuir a quantidade de medicamento em solução, percebeu que diminuía também o efeito medicamentoso. Ele, porém, notou também que, AO AGITAR a solução - talvez de forma intuitiva, talvez no início apenas para bem homogeneizá-la - ela, em vez de perder sua força, pelo contrário, tornava-se mais potente, mais ativa. Apesar de conter cada vez menor quantidade da substância inicial, a solução parecia adquirir uma força. A este processo conjunto, de diluição e agitação, Hahnemann deu o nome de dinamização (do grego: dynamo – força). Chamamos de potência ao número de vezes que a substância foi dinamizada. Quanto mais dinamizada, maior a potência do medicamento. Do ponto de vista homeopático, dizemos que, quanto mais dinamizado (e, portanto, mais diluído), mais eficiente é o medicamento. Do ponto de vista clínico, também mais eficiente ele será.

Existem várias escalas de dinamização, dentre elas destacam-se: a decimal (X – escala soluto/solução 1:10), a centesimal (C – escala 1:100) e a cinquenta-milesimal (LM – escala 1:50000). As escalas geralmente acompanham o nome do medicamento, indicando sua potência ou o número de diluições. Por exemplo, Graphites 200C significa que o substrato (este, no caso, grafite) passou por duzentas diluições centesimais, ou seja, foi dinamizado de tal forma que se pegou uma parte do grafite e 99 partes de um solvente e agitou-se; dessa solução resultante, pegou-se uma parte e adicionou a isso 99 partes do solvente... fez-se isso duzentas vezes. A concentração da solução final pode ser dada então por um decaimento exponencial, no caso a concentração de grafite é 1:100200.

(clique na imagem para uma melhor resolução)

Quimicamente, uma concentração como essa é absurdamente difícil de existir. Seria a presença de uma molécula do princípio ativo para cada 10400 (1 seguido de 400 zeros) moléculas de solução! Nem no Universo existem tantos átomos: há algumas estimativas que dizem que ele é formado por “apenas” 1080 átomos. Portanto, a probabilidade de existir uma única molécula da substância em uma “colherada” de remédio homeopático é praticamente nula. Dizem os defensores do método que, se corretamente dinamizado, a presença ou não do princípio ativo não influencia na sua eficácia: o solvente guardou as propriedades da substância.

Esperamos ter esclarecido os princípios da homeopatia. Nos próximos posts traremos mais informações, novidades, curiosidades e debates.



Referências:

http://analgesi.co.cc/html/t5338.html

http://sites.mpc.com.br/bvshomeopatia/saladeleitura/texto6preparomedicamentoshomeopaticos.htm

http://www.homeopatiaveterinaria.com.br/homeglos.htm

Dr. Celso Fernandes Batello - Homeopatia x Alopatia: Uma abordagem sobre o assunto



Para quem está curioso, eis a concentração de grafite daquele exemplo (em átomos de carbono por molécula de solvente): 1/1000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000.



Posted by Leonardo e Jéssica Othon

terça-feira, 24 de maio de 2011

Tratamentos alopáticos e homeopáticos: diferenças na ação e concentração

Olá!


Em nosso quarto post, faremos um breve comentário sobre algumas das principais diferenças entre as terapias alopática e homeopática e exporemos o princípio da polêmica acerca da homeopatia. Vale ressaltar que, embora utilizem métodos diferentes, estes métodos nunca serão incompatíveis ou divergentes: ambos têm por finalidade o trato do paciente. A priori, deixaremos claro o que significam esses dois métodos.


Os tratamentos tradicionais têm por principal método terapêutico a Enantiopatia (do grego enathio – contrário; pathos – doença) que consiste em atacar a doença através dos contrários: receitar um antifebril para a febre, um antibiótico para uma infecção bacteriana... Porém, consagrou-se chamar esse tipo de tratamento de Alopatia (do grego: allos – diferente), simplesmente pelo desuso do termo.


A alopatia “original” pretendia curar através de um método que utilizasse um sistema diferente da doença que está ocorrendo. Antigamente, por exemplo, o tratamento de um abscesso (concentração de pus devido a infecção) cerebral era procedido através da inoculação de um corpo estranho num tecido relativamente menos importante que o cérebro, como a coxa, na tentativa de desviar a ação dos anticorpos e impedir a formação do abscesso na área “nobre” que é o cérebro, “desviando” a atenção do organismo. É importante dizer que, atualmente, essa diferença entre enantiopatia e alopatia é etimológica, não tendo uma real validade nos dias de hoje, haja vista que o primeiro termo praticamente caiu em desuso e o segundo acabou por englobá-lo.


Portanto, para todos os fins, utilizaremos o termo “alopatia” simplesmente por conveniência, embora saibamos tratar-se da enantiopatia.


Os atuais remédios alopáticos têm sua ação bioquímica consistindo em atacar diretamente a causa da doença e aliviar sintomas. Neste método terapêutico, podem ser ministrados diversos tipos de medicamentos, como antibióticos, substâncias químicas que matam ou fragilizam bactérias de muitas maneiras: sendo “venenos” para elas, destruindo suas cápsulas e paredes celulares ou impedindo sua reprodução; anti-histamínicos, que freiam as respostas imunológicas exacerbadas (conhecidas como alergias), através da diminuição da produção de substâncias no organismo que causam coceira, tosse, inchaço...; antitérmicos, que reduzem a hipertermia de várias formas, sendo uma bastante comum, a produção de suor, que, ao evaporar, rouba calor do corpo, resfriando-o; analgésicos, que inibem sinapses, aliviando a dor; dentre tantas outras classes. Algo em comum a elas são os prefixos de seus nomes: vários significam “oposição, contrariedade, fim”, explicitando seu propósito de ser.


A Homeopatia (do grego: homeo – semelhante) busca a cura por meio da própria doença, fazendo o corpo dar respostas a estímulos semelhantes aos da própria doença. Este é o seu princípio básico: a cura pela semelhança (Similia Similibus Curantum – Lei dos Semelhantes). No conceito homeopático, o ideal é ministrar uma substância capaz de produzir os mesmos efeitos da doença, provocando no organismo desse paciente uma reação à ação do medicamento, que costuma ser de grande intensidade, o que finda ou atenua sua enfermidade. Diferentemente da terapia alopática, que auxilia o organismo na defesa contra fatores externos, a homeopática a potencializa, fortalecendo o corpo.


Para que uma reação química ocorra, é necessário que os reagentes colidam com orientação e energia suficientes para a formação do complexo ativado. Considerando um meio em que as partículas tenham energia suficiente (seja por variação de temperatura, seja pela presença de catalisadores), a reação ocorrerá quando os reagentes colidirem numa posição favorável. Para aumentar a probabilidade de choques bem orientados, são necessários mais choques, que ocorrerão com maior frequência caso haja mais partículas para colidirem.


Pode-se fazer uma analogia entre essa reação e os efeitos dos medicamentos alopáticos: estes têm uma grande concentração de seu princípio ativo, que existirá em uma quantidade considerável, tendo, portanto, eficiência no cumprimento de sua função dentro do corpo.


Como já explicado, o remédio homeopático causa os mesmos efeitos da doença no organismo, portanto, seria perigoso ministrar doses concentradas destes produtos, ainda mais em pessoas debilitadas, ou seja, eles são extremamente diluídos (doses infinitesimais) para que simplesmente ocorra o contato deles com o corpo e estimular sua reação, sem que haja grandes efeitos nocivos à saúde.



É neste ponto que começa a polêmica:



Ora, como algo que praticamente não existe na solução pode ter algum efeito? Essa quantidade de medicamento homeopático não é desprezível? Como eu posso melhorar de algum sintoma, se eu estou ingerindo substância que o causa?


Existem diversas respostas a essas perguntas e mais de uma resposta a uma única pergunta. Algumas delas demonstram que a homeopatia é uma das melhores formas de tratamento existente, enquanto outras a descartam, provando que essa terapia é absurda.


Nas postagens subsequentes, esperamos elucidá-los, leitores, sobre este assunto, mostrando e comentando argumentos favoráveis e contrários à homeopatia e tirar algumas dúvidas frequentes, haja vista que o nosso objetivo não é defendê-la ou atacá-la, mas sim discutir seus efeitos, principalmente dentro da esfera bioquímica.




Referências:


http://www.serespirita.com.br/


Dr. Celso Fernandes Batello - Homeopatia x Alopatia: Uma abordagem sobre o assunto





Posted by Leonardo

domingo, 22 de maio de 2011

A difusão da homeopatia pelo mundo

Boa noite, seguidores!!!



Esse post visa mostrar os países que adotaram a homeopatia com o passar do tempo, o que acaba por mostrar sua aceitação pelo mundo.

1796 - Alemanha
1819 - Áustria e Hungria
1821 - Dinamarca e Itália
1824 - Estados Unidos
1826 - Suécia
1830 - França e Inglaterra
1833 - Sicília
1834 - Bélgica, Espanha, Holanda e Suíça
1838 - Irlanda
1840 - BRASIL *
1847 - Índia
1848 - Chile, Paraguai e Portugal
1849 - Uruguai
1850 - México


* A homeopatia chegou ao Brasil por intemédio do homeopata francês Benoit Mure em 1840. Em 10 de dezembro de 1843, o dr. Mure e o dr. Vicente José, de Lisboa, fundaram o Instituo Homeopático do Brasil. Foi desse instituto que se originou o Instituto Hahnemanniano do Brasil, que existe até hoje, no Rio de Janeiro. Em homenagem à Mure, o dia 21 de novembro, que tambem é o dia em que, em 1840, este grande homeopata chegou ao país, é considerado o dia nacional da homeopatia.
É importante dizer também que foi apenas no dia 4 de julho de 1980 que a homeopatia foi reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina, apesar da oficialização de seu ensino datar de 25 de setembro de 1918.

Referencias Bibliográficas:
www.ihb.org.br/default.asp
www.aph.org.br/conteudo.php?_p=31&_cnt=23



Posted by Natasha

sábado, 14 de maio de 2011

História da Homeopatia

Olá!!

Embora este seja um blog de BioBio, começaremos abordando a História da homeopatia, pois ela ajuda a compreender a própria homeopatia, a sua disseminação ao redor do mundo e também desperta a curiosidade sobre suas ações bioquímicas.
Sem a compreensão da cronologia do que aconteceu na ciência, na medicina e na filosofia (Isso mesmo! Na filosofia também!) a confusão homeopática existente vai continuar.
Antes da discussão de qualquer tema polêmico dentro das ciências, como é o caso da homeopatia, é necessário fazer algumas ressalvas:

· É importante estudar e compreender as ideias de cada época;

· Entender, acompanhar, NUNCA super ou subvalorizar raciocínios e estar ciente de suas limitações, absurdos e genialidades, além de compreender o contexto em que foram elaborados;

· Entender que filosofia e ciência são formadas por concatenação de fatos, onde uns retomam onde outros pararam e que é necessário conhecer o contexto daqueles que originaram ideias que desembocaram nos fatos atuais;

· Observar e comentar os fatos com a maior imparcialidade possível, pesando criteriosamente os argumentos de todos os lados de uma discussão;

· Ao defender veementemente sua posição com relação ao assunto, utilizar-se sempre de fatos e dados que deem substancial suporte à sua argumentação relativa ao seu ponto de vista.

Sem isso, o que se fala ou se comenta sobre homeopatia é, e será sempre, um amontoado de meras suposições.

Sem mais delongas, vamos à história.


Por volta do século V/IV a.C., ainda na Grécia Antiga, a medicina sai de seu estado supersticioso e ganha espaço como Ciência e até como Arte, tendo por objeto de estudo primário a ideia de cura das doenças - surge a ideia de que a natureza pode curar. A pessoa que possibilitou tal fato foi Hipócrates de Cós, considerado atualmente o pai da medicina, tendo sido, inclusive, citado com admiração por Platão em alguns de seus diálogos.
Este homem teve tanta importância dentro da medicina, que ela pode ser divida em duas etapas: a pré-hipocrática e a pós-hipocrática. Algumas das suas principais teorias são a de que a causa das doenças (e possivelmente a cura delas) tem relação com o ar respirado e com resquícios da digestão e que o homem deve ser visto em plenitude, uma das fundamentações da homeopatia. Uma característica marcante de Hipócrates é que ele não atribuía à magia ou à religião a causa das enfermidades e ele tinha preferência por medicamentos naturais, além de, segundo relatos, ser extremamente honesto no trato de seus pacientes. Embora a homeopatia só tenha surgido muitos séculos após Hipócrates, é atribuída a ele, segundo algumas fontes, a teoria “Similia Similibus Curantum”, o principal cunho desta forma de tratamento.



No início do século XVI, à época do médico, alquimista e astrólogo suíço Phillipus Aureolus Theoperastus Bombastus von Hohenheim, mais conhecido por Paracelso, a teoria vigente sobre a causa das doenças dizia que estas se deviam a uma desregulação de fluidos corpóreos, tais como sangue, catarro, bile... Porém, Paracelso foi além disso: ele afirmou que saúde era um equilíbrio e doença um desequilíbrio de todas as energias presentes no ser humano, tanto no corpo físico, como no seu espírito.
Segundo ele, a cura se baseia em quatro bases distintas: filosofia, alquimia, astronomia e virtus. A primeira significa abrir-se às forças naturais, é uma “preparação própria” para a cura; a segunda é útil para o preparo dos medicamentos; a terceira explica a influência dos astros na saúde e nas enfermidades; a última é relacionada ao médico, o qual deve reconhecer a ação da natureza invisível no paciente ou como o remédio atua no plano visível. Além disso, ele reconheceu que a fé potencializa a imaginação e a mente: o desejo de melhorar de um paciente pode influenciar em sua cura. Algumas curas “milagrosas” atribuídas a ele podem não ter sido alcançadas somente pela ação dos medicamentos, mas estes serviram também para influenciar a ação da imaginação do paciente, de modo que ela agisse diretamente no seu desejo de ser curado.


Há na medicina, atualmente, o chamado placebo, uma substância sem qualquer efeito farmacológico, prescrita para levar o paciente a experimentar o alívio dos sintomas, só pelo fato de acreditar na eficácia terapêutica do “medicamento”. Depreende-se que, de certo modo, Paracelso já utilizava esse recurso há mais de meio milênio. Um outro fato interessante sobre suas ações é que ele associava as funções exteriores de uma planta a suas ações medicinais, por exemplo, uma folha em forma de coração seria indicada para resolver problemas cardíacos.


Já no final do século XVIII, Christian Friedrich Samuel Hahnemann, um médico e tradutor alemão, decepcionado com a medicina de sua época (chegando a caracterizá-la como precária e tosca), decide deixar de praticá-la em 1790, pouco mais de 10 anos após a defesa de sua tese, mas, para se sustentar, não abandona as traduções. Porém, dentro de suas traduções sobre medicina, com uma frequência sempre crescente explicitava seu desacordo com o autor. Em uma tradução de uma obra do escocês Cullen, ele descreve uma nota importante sobre a casca da quina (China officinalis), donde se extrai a quinina, eficaz antitérmico. Cullen afirmava que ela era eficaz contra a febre porque suas propriedades amargas, adstringentes e constipantes exerciam uma ação fortificante no estômago.


Hahnemann concordava que a quinina é um bom antitérmico, porém discordava da explicação de Cullen, dizendo: “A casca peruana (quinina), utilizada como medicamento para febre intermitente, funciona porque ela pode produzir, nos indivíduos sãos, sintomas semelhantes àqueles da febre intermitente”. Para afirmar isso, o próprio Hahnemann havia testado a quinina: “Tomei durante vários dias, duas vezes por dia, 4 dracmas de boa quinina. No começo, meus pés e as pontas de meus dedos se resfriaram. Fui ficando lento e sonolento. Depois, meu coração começou a palpitar, minha pulsação acelerou. Experimentei uma ansiedade insuportável e muitos tremores, mas sem sentir arrepios, além de cansaço nos membros. Em seguida, vieram as pulsações na cabeça, com a vermelhidão das bochechas e a sede; em suma, todos os sintomas que geralmente acompanham a febre intermitente [...]. Cada crise durava de duas a três horas e ocorria somente quando eu repetia a dose de quinina”.


Após isso, ele passou a fazer mais experimentações sistemáticas de substâncias em homens sãos, causando alguns sintomas de doenças, e percebeu que doses diluídas dessas substâncias aliviavam os mesmos sintomas em doentes. Dessa forma ele voltou à prática da medicina, desta vez homeopata (do grego: homoios – semelhante, e pathos – aquilo de que se sofre), chegando a largar as traduções para se concentrar em suas próprias obras, tais como “Fragmentos sobre os efeitos positivos dos medicamentos observados no homem são” (1805), Medicina da experiência (1806), Organon da arte de curar (1810, principal obra), Matéria Médica Pura (coletânea em seis volumes, 1811 – 1821), dentre tantas outras.


Assim, Hahnemann, aproveitando algumas ideias principalmente de Hipócrates e Paracelso, iniciou um novo ramo da medicina: a HOMEOPATIA.


Mais explicações e curiosidades serão feitas nos próximos posts.


Fontes:
http://www.similia.com.br/
http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/personagens/paracelso.htm
http://www.homeopatiaveterinaria.com.br/homep.htm
http://greciantiga.org/


Posted by Leonardo