terça-feira, 24 de maio de 2011

Tratamentos alopáticos e homeopáticos: diferenças na ação e concentração

Olá!


Em nosso quarto post, faremos um breve comentário sobre algumas das principais diferenças entre as terapias alopática e homeopática e exporemos o princípio da polêmica acerca da homeopatia. Vale ressaltar que, embora utilizem métodos diferentes, estes métodos nunca serão incompatíveis ou divergentes: ambos têm por finalidade o trato do paciente. A priori, deixaremos claro o que significam esses dois métodos.


Os tratamentos tradicionais têm por principal método terapêutico a Enantiopatia (do grego enathio – contrário; pathos – doença) que consiste em atacar a doença através dos contrários: receitar um antifebril para a febre, um antibiótico para uma infecção bacteriana... Porém, consagrou-se chamar esse tipo de tratamento de Alopatia (do grego: allos – diferente), simplesmente pelo desuso do termo.


A alopatia “original” pretendia curar através de um método que utilizasse um sistema diferente da doença que está ocorrendo. Antigamente, por exemplo, o tratamento de um abscesso (concentração de pus devido a infecção) cerebral era procedido através da inoculação de um corpo estranho num tecido relativamente menos importante que o cérebro, como a coxa, na tentativa de desviar a ação dos anticorpos e impedir a formação do abscesso na área “nobre” que é o cérebro, “desviando” a atenção do organismo. É importante dizer que, atualmente, essa diferença entre enantiopatia e alopatia é etimológica, não tendo uma real validade nos dias de hoje, haja vista que o primeiro termo praticamente caiu em desuso e o segundo acabou por englobá-lo.


Portanto, para todos os fins, utilizaremos o termo “alopatia” simplesmente por conveniência, embora saibamos tratar-se da enantiopatia.


Os atuais remédios alopáticos têm sua ação bioquímica consistindo em atacar diretamente a causa da doença e aliviar sintomas. Neste método terapêutico, podem ser ministrados diversos tipos de medicamentos, como antibióticos, substâncias químicas que matam ou fragilizam bactérias de muitas maneiras: sendo “venenos” para elas, destruindo suas cápsulas e paredes celulares ou impedindo sua reprodução; anti-histamínicos, que freiam as respostas imunológicas exacerbadas (conhecidas como alergias), através da diminuição da produção de substâncias no organismo que causam coceira, tosse, inchaço...; antitérmicos, que reduzem a hipertermia de várias formas, sendo uma bastante comum, a produção de suor, que, ao evaporar, rouba calor do corpo, resfriando-o; analgésicos, que inibem sinapses, aliviando a dor; dentre tantas outras classes. Algo em comum a elas são os prefixos de seus nomes: vários significam “oposição, contrariedade, fim”, explicitando seu propósito de ser.


A Homeopatia (do grego: homeo – semelhante) busca a cura por meio da própria doença, fazendo o corpo dar respostas a estímulos semelhantes aos da própria doença. Este é o seu princípio básico: a cura pela semelhança (Similia Similibus Curantum – Lei dos Semelhantes). No conceito homeopático, o ideal é ministrar uma substância capaz de produzir os mesmos efeitos da doença, provocando no organismo desse paciente uma reação à ação do medicamento, que costuma ser de grande intensidade, o que finda ou atenua sua enfermidade. Diferentemente da terapia alopática, que auxilia o organismo na defesa contra fatores externos, a homeopática a potencializa, fortalecendo o corpo.


Para que uma reação química ocorra, é necessário que os reagentes colidam com orientação e energia suficientes para a formação do complexo ativado. Considerando um meio em que as partículas tenham energia suficiente (seja por variação de temperatura, seja pela presença de catalisadores), a reação ocorrerá quando os reagentes colidirem numa posição favorável. Para aumentar a probabilidade de choques bem orientados, são necessários mais choques, que ocorrerão com maior frequência caso haja mais partículas para colidirem.


Pode-se fazer uma analogia entre essa reação e os efeitos dos medicamentos alopáticos: estes têm uma grande concentração de seu princípio ativo, que existirá em uma quantidade considerável, tendo, portanto, eficiência no cumprimento de sua função dentro do corpo.


Como já explicado, o remédio homeopático causa os mesmos efeitos da doença no organismo, portanto, seria perigoso ministrar doses concentradas destes produtos, ainda mais em pessoas debilitadas, ou seja, eles são extremamente diluídos (doses infinitesimais) para que simplesmente ocorra o contato deles com o corpo e estimular sua reação, sem que haja grandes efeitos nocivos à saúde.



É neste ponto que começa a polêmica:



Ora, como algo que praticamente não existe na solução pode ter algum efeito? Essa quantidade de medicamento homeopático não é desprezível? Como eu posso melhorar de algum sintoma, se eu estou ingerindo substância que o causa?


Existem diversas respostas a essas perguntas e mais de uma resposta a uma única pergunta. Algumas delas demonstram que a homeopatia é uma das melhores formas de tratamento existente, enquanto outras a descartam, provando que essa terapia é absurda.


Nas postagens subsequentes, esperamos elucidá-los, leitores, sobre este assunto, mostrando e comentando argumentos favoráveis e contrários à homeopatia e tirar algumas dúvidas frequentes, haja vista que o nosso objetivo não é defendê-la ou atacá-la, mas sim discutir seus efeitos, principalmente dentro da esfera bioquímica.




Referências:


http://www.serespirita.com.br/


Dr. Celso Fernandes Batello - Homeopatia x Alopatia: Uma abordagem sobre o assunto





Posted by Leonardo

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